quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

“Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e começa outra vez...”


O meu ano está prestes a terminar, mas que ano importante e feliz! 

2011 se foi da pior forma possível, quando perdi um dos pilares da minha vida. Meu avô, o bom velhinho Laurentino, com 97 anos, que sofria com um câncer de próstata. 


Ele me deixou dois dias após o Natal. E eu que sempre esperei o dia 25 de dezembro como uma criança ansiosa, após a morte do meu avozinho, me esqueci de como eu passei essa data no ano passado.

Mas, eu me lembro como foi o ano novo, era como se estivéssemos apenas eu e o Fellipe em casa. Isso porque mamãe estava sozinha no quarto inconformada com a partida do pai. Já o meu pai, estava na sala pensando em como foi os últimos dias do sogro, que era mais um companheiro. 

Na copa da casa estávamos eu e o Lipe, jantando e pedindo para Deus que 2012 fosse de renovação e muita esperança em nossas vidas. E não é que aquele jantar se tornou uma oração e Papai do Céu atendeu nosso pedido?!

O ano começou bem. Em março o Lipe conseguiu um emprego na área dele, e em julho se formou. E eu, bem, sabe aquele estágio em jornalismo esportivo que eu tanto batalhei? Pois é consegui! E dessa vez remunerado. O melhor foi que nem precisei sair da Band, apenas fui remanejada para a rádio de Esportes do mesmo Grupo.

Em novembro, eu entreguei minha monografia, e em um susto descobri de um dia para o outro que iria defende-la no dia seguinte. 


Passei! Enfim jornalista! E como demorou, foram tantos anos, tantas situações, tantas dificuldades, tantas lágrimas, tanta abdicação e muita força de vontade. Eu consegui! E de telemarketing (vendedora de cartão de credito) me tornei uma jornalista. 


No momento em que recebi o resultado, um filme me veio a cabeça, todas as pessoas que mesmo contra a vontade, desconfiadas e com todo medo do mundo nunca deixaram de me apoiar. 


Me veio a mente também, todas as felicidades, sorrisos, amigos, e colegas que conquistei durante o curso. A felicidade ainda perdura até hoje, e acho que será eterna, já que ela é fruto de muita batalha e vejo como exemplo.

Hoje termino o mais feliz do que nunca, e esperando que 2013 seja melhor. E eu tenho certeza de que será! 

Atualizada em 25 de agosto de 2017.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

É sonhando que tudo se torna realidade


Um dia alguém me disse que eu vivia em um sonho, esperando por um príncipe. Essa mesma pessoa me disse para acordar, que realeza não existe nos dias de hoje. Não satisfeita, essa mesma pessoa me falou que a vida é feita de realidade e não de sonhos.

Entretanto, meu mundo gira em torno de meus objetivos. O que para muitas pessoas são desejos inalcançáveis, para mim são metas de vidas. Príncipe encantado existe sim. Você vai encontrá-lo. Para isso, basta ter serenidade para procurá-lo. As vezes ele está mais perto do que se pensa. É necessário apenas deixar o coração ir além da razão.

O sonho é o principio de uma caminhada. A trajetória depende de você. A companhia para seguir um caminho depende da sua escolha. A forma e metodologia escolhidas para buscar o novo parte de você. Não deixe que algo ou alguém lhe impeça de ser feliz.

Vá em busca do que lhe faz bem. Deixe o pudor e a hipocrisia de lado. Procure manter seus próprios princípios. O fim do trajeto só pode ser compensatório. Não há como ser diferente. É como o fim do arco íris, vai sempre existir um lindo sol.

Atualizada e 25 de agosto de 2017.    

sábado, 22 de setembro de 2012

Nossos destinos



Em uma tarde de agosto de 2010 nossos destinos resolveram se cruzar novamente. Vivemos nesses encontros e desencontros desde muito tempo. Nosso primeiro encontro estava marcado para acontecer em 1990, no Hospital Ernesto Gazzoli, mas eu insisti em nascer primeiro. Ele nasceu onze dias depois.  E não tive a oportunidade de encontra-lo.



Dezesseis anos mais tarde eu o vi pela primeira vez na escola. Seu sorriso e brincadeiras me encantaram. Seu jeito moleque me chamou atenção.  E nossas almas pareciam se reconhecer. Viramos amigos. Em muitas vezes ele era meu confidente. Com algum tempo eu me declarei e ele se surpreendeu. Não podia acontecer. Ele tinha uma outra flor. Formamos e não nos encontramos mais.

Passaram-se três anos, e nossas vidas se cruzaram novamente. Desta vez eu não percebei a sua presença. Eu andava com a cabeça longe, tantas mudanças e tantas decepções, que não reparei o que estava em minha volta. Voltamos a nos falar.  Em algum tempo nossas histórias se entrelaçaram.


Já caminhamos dois anos na mesma direção. E percebo que agora não tem mais como nos distanciar. Nossas almas chegaram ao ponto limite, iremos caminhar juntos até depois do sempre. Aquilo que muito dizem ser o destino descobrimos que era Deus mostrando que tudo acontece no tempo certo!

  
Atualizada em 25 de agosto de 2017.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Perfume que nos reúne a mesa

Quinta-feira, cinzenta em Belo Horizonte, dia nublado e um almoço em família. Ao meio dia saio da redação e me encontro com mamãe, minha irmã e meu cunhado.

Na casa da minha querida irmã, mamãe tinha deixado o almoço preparado. O cheiro da carne de porco assada me fez lembrar os almoços de família na casa de minhas tias. Descendentes de italiano, essa família tem o costume de se reunir a mesa para discutir situações, compartilhar boas novas e simplesmente demonstrar através de um belo prato o carinho que um tem pelo outro .

Após o almoço a filha mais velha da minha mãe, olha para todos sentados a mesa, e me pergunta se não poderia fazer biscoito de polvilho para o café da tarde. Eu olhei para a cozinha, e pensei comigo mesma. “Mamãe já fez pão de queijo hoje, mas porque mais biscoito de polvilho?”. Em seguida percebi que algum motivo havia atrás daquele pedido.

Ela foi para a cozinha, e o perfume do café passado no coador de pano me convenceu a cozinhar.  Do outro lado da casa estava mamãe. Em um quarto frio, ela passava as roupas. Meu cunhado saiu para trabalhar. Enquanto todos estavam ocupados eu resolvi fazer a minha parte.

Ao abri o armário e percebi que no fundo da madeira, tinha um pacote contendo menos que à metade de um pacote de polvilho. Na geladeira havia apenas dois ovos. Mas com uma boa pitada de sal, orégano e queijo parmesão, escaldando com água, óleo e leite fervente, a mistura se tornou uma massa grande e homogenia. A mistura de todos os ingredientes causa um aroma familiar na casa. Era a lembrança do carinho da vovó, que em todo encontro de domingo ela proporcionada a todos rodadas e mais rodadas desta iguaria.

Enchi dois tabuleiros com um pouco de massa e amor, e levei-os ao forno. Nesse meio tempo fui para sala me encolhi no canto do sofá e lá fiquei até o aroma do polvilho me convidar a ir ao forno e retirar minhas gracinhas.

Com os biscoitos postos a mesa, a família se reuniu ali novamente. Como um ato sagrado, nos juntarmos a mesa e naquele momento o dia que começou nublado terminou iluminado.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Momento de reflexão

Os badalos dos sinos da igreja, batiam no ritmo do meu coração e me chamavam para celebrar os últimos momentos do senhor Jesus vivo.

Caminhando até a igreja repensei em todos os meus passos, e em todos os meus atos até aquele momento. Em minha mente veio todas as mudanças que sofri nos últimos meses. Ao chegar na casa do pai, e ao entrar na igreja, já era entoado o canto inicial, nesse momento colei a minha vida nas mãos de Deus, e junto com ela coloquei os meus sofrimentos, as minhas angústias e os meus pecados.
A cada letra cantada era uma lagrima caída de meus olhos. A emoção de fazer parte daquele momento me deixava tímida, com vergonha de ser tão pequenina e tão pecadora aos olhos do pai.

O padre inicia a celebração dando a benção e absolvição dos pecados, esse momento não apenas me deixou aliviada, mas senti realmente a presença do Senhor ao meu lado, tocando as minhas feridas. Era o menino Jesus purificando a minha alma e limpando a minha vida.

Ao longo da celebração o sacerdote reproduziu o ato de humildade do menino Jesus em lavar os pés dos doze apóstolos. Dessa vez, os discípulos eram membros da área da saúde de nossa comunidade. A intenção era lembrar a campanha da fraternidade deste ano, que tem como tema: “Que a saúde se difunda sobre a terra”. Neste momento meus pensamentos estavam no que o padre falava no sermão, temos que servir mais. E comecei a imaginar como eu poderia servir mais, e me dedicar mais as pessoas que necessitam de ajuda, de carinho e até mesmo de atenção. Vi que este era o início de uma mudança. Era a renovação no Senhor.

E logo chegou o momento da comunhão em Cristo. Meu coração não cabia em mim. Esta hora eu me vejo no colo do pai, agradecendo-o por me permitir em sua morada, por me agraciar com a sua presença. E além disso, essa parte da missa é tão especial, porque eu é nesse momento que eu guardo para estar com as pessoas especiais que já não fazem parte mais da vida na terra.

A missa chegou ao fim. E meus pensamentos foram todos organizados em minha mente, as minhas emoções foram controladas pelo Pai, e todos esses momentos serviram para a confirmação da minha fé.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Abrindo espaço para mudanças

O que está acontecendo comigo?
Onde foram parar as palavras que tanto me encantavam?
Onde foi parar o dom da escrita que herdei da minha mãe?
Onde foi para o brilho do meu olhar, ao ler meus próprios textos?

Ao longo do curso de Jornalismo, fui me tornando uma máquina de escrever, programada para redigir textos dentro de um padrão pré estabelecido. Fui impedida de fugir as regras, de  transcender. Não pude deixar a imaginação ocupar um espaço em meus textos.

As leituras não surtem mais efeitos. A criatividade me deixou só. A sensibilidade partiu para longe.

Percebi que essa é a hora de reinventar. De buscar novos caminhos, de fazer novas escolhas e cultiva a esperança....