sábado, 27 de novembro de 2010

Chuvas de uma noite de Novembro

Durante a madrugada do dia 23 de NOVEMBRO, um temporal na cidade de Belo Horizonte.
As 19h 30 eu voltava do trabalho, o trajeto era o de sempre, 61- Estação Venda Nova. Fiquei quase que duas horas no ônibus. Em uma parte do caminho o trânsito parou como de costume, entretanto imaginei que seria reflexo da chuva da noite passada. Mas quando cheguei próximo a linha verde percebi que o trecho estava interditado. Fiquei quase que meia hora parada naquele ponto da avenida Cristiano Machado.


De dentro do ônibus o que se via era um cenário de guerra. Da quele ponto para frente não conseguia ver mais carros na rua. A Policia Militar fazia um cerco na rua. No passeio várias pessoas, mas muitas pessoas mesmo. Imagine um país como Irã, ou Afeganistão, todas aquela pessoas na rua com medo, era assim que estavam aqui na capital mineira. E entre a multidão e os policiais estavam montes de lixo. Muito lixo. O provável era imaginar que com a chuva o lixo do córrego subiu e foi para a superfície. Mas o que ninguém queria acreditar era que aqueles resíduos poderiam ser das casas daquelas pessoas, ou até mesmo a casa daquelas pessoas poderiam estar ali. 


Presenciei fogo nas ruas, muitos manifestante colocando fogo em todo aquele lixo. Em outras partes da via a água continuava brotando em meio ao asfalto. Mães desesperadas, crianças sem saber o que estava acontecendo, todas com uma expressão de angustiadas e assustadas, alguns revoltados com tanto descaso do Governo, outros ali já acostumados com aquela situação e os policiais nitidamente abalados. Claro antes de vestir a farda eles são cidadãos como os outros.

Uma mãe gritava com o policial, “Minha casa foi nessa chuva, aonde vou ficar?”. Outra contava a uma emissora de TV que estava ali, que durante a madrugada quando a chuva começou a invadir a casa, ela saiu com os filhos, se lamentando por não ter pegado a certidão de nascimento dos filhos nem a mamadeira das crianças.


As lagrimas foram inevitáveis, aquela meia hora foi a mais longa da minha vida. Parei para pensar de quem seria a culpa, mas acho que não conseguiria imaginar em algo desse tipo naquele instante.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Um amigo sempre requisitado


Noite de inverno. Pela janela o vento frio entrava.
Lá fora a chuva movia barulho.
Tinha medo. Eu estava sentada no chão rezando para a que a ventania passasse logo.
No fim do corredor uma luz se acendeu. Naquele momento via alguém vindo em minha direção. A cada passo uma luz se acendia e meu coração disparava.
Mas foi ai que algo se aproximou e pude ver nitidamente, era ele. Com olhos brilhantes. O sorriso estampado, o rosto branco como a neve. O nariz era vermelho como pimentão. Ele dançava e rodopiava, e junto a ele meu coração.
A cada movimento um sentimento, a cada risada um suspiro e a cada encenação uma lagrima. Feliz, eu me encontrava.
A palavra não saia. Muda estava como se fizesse parte daquela dança, daquele teatro, daquele momento de inspiração. O coração palpitava e a emoção se espalhava.
O cômodo clareava ela me encontrava, ele vinha sempre nos meus sonhos e agora era companheiro de lambada. Suas roupas coloridas, seu cabelo cheio de tinta seu sapato era afinado, mas quanta ousadia.
Ele podia. Vivia no mundo do nada saia para promover a risada, mas o seu rosto eu nunca vi.
Passei dia, e virei à noite, mas não o encontrava. Mas em meio ao sufoco ele me esperava.
Quando a chuva passou, sumiu e ai eu percebi que o palhaço que me acompanhou durante aquela noite nunca me abandonou mas sempre se escondia.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Chuva que lava a alma

Lá fora a chuva cai sem parar. Aqui dentro estou eu, sem saber o que fazer. O dia todo enfurnada no quarto fechado, com o computador ligado como de costume. Vejo filme no computador. Durmo durante duas horas. Acordo. Volto para frente da tela, e passo o resto da tarde em frente este que se tornou meu companheiro diário. A chuva fica ainda mais forte. Galhos de árvores batem na janela de vidro. Sinto-me sozinha, entediada, angustiada sem saber o porquê.


No meu quarto de frente para o PC entro em um BLOG não conhecido. Já ia fechando a tela quando resolvi ler o perfil. Era de uma mãe que tinha perdido o esposo alguns meses antes do filho nascer. O motivo de ter criado o perfil era mostrar para a criança quem foi o seu pai e ainda falar sobre quem era ela. Descrever o caminho que ela percorreu até tê-lo. E o que ela fez quando soube que estava sozinha para criar seu garotinho.

Aquele site era a forma que a mulher encontrou para gravar a sua história, o mais rápido segundo ela. De acordo com suas palavras tal rapidez seria apenas garantia.

Naquele instante tudo parou. Resolvi que era hora de aproveitar mais cada momento. Sem me importar com o tempo, com as pessoas, com as críticas. Viveria intensamente, faria tudo como se fosse o último dia de minha vida. Amaria sem temer o amanhã. Dançaria até o que o sol apareça. Viajaria e conheceria pessoas e lugares imperdíveis. Mudaria o estilo, usaria mais maquiagem, abusaria do penteado do cabelo.

Essa mudança veio depois de muito tempo perdido. Entretanto ela veio. Mas você não precisa esperar um fato marcante acontecer para reacender a chama da vida. Vá a luta! Corra atrás da felicidade! E não desista nunca!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Largando a razão e sendo feliz


Quem nunca se lembrou do primeiro namorado? Difícil de acontecer. A paixão é algo que a pessoa aprende desde que se é criança. O carinho por alguém que está ao seu lado, à raiva o ciúmes esses sentimentos nos confirmam o quanto gostamos de alguém!


Um olhar na pracinha, uma gentileza na aula, até mesmo um esbarrão no ônibus, ele pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar. Provoca reações opostas no interior de uma alma. A felicidade ao estremo, a vontade de estar com a pessoa todas as horas do dia. É olhar para o relógio e o telefone a todo o momento na esperança que ele vá ligar. E ao mesmo tempo é a raiva excessiva por não saber por onde anda e com quem anda, é ser bobo, ficar com uma dor no coração sem saber o motivo. Estar apaixonado é gritar para o mundo que você o odeia e ao mesmo tempo não consegue viver sem ele.


Perde a razão é inevitável, o errado se torna o certo, a postura dá lugar à loucura. Varias pessoas afirmam que os loucos também amam, mas muitos dizem que quem ama é realmente louco. No entanto esse sentimento traça toda uma trajetória que encanta os românticos de todas as épocas.

Começando pelo beijo que é a forma mais explosiva e mais singela de simbolizar o encontro de dois corações ardentes de desejo. O olhar é a prova de que o mundo para quando se encontra com alguém alienado pela paixão. É o olho fixo, iluminado, com o pensamento em outro planeta. A felicidade de um sorriso conclui o ciclo da emoção.

Quem nunca presenciou um casal na praça, ou um carinho entre dois seres iluminados no teatro, ou até mesmo a paixão avassaladora entre um homem e uma mulher em uma festa. Cada pessoa reage de uma forma diferente em relação ao sentimento, mas todas já foram apaixonadas e já perderão a Razão.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Seja Feliz


O sonho começa a se realizar quando você começa a acreditar nele.
A caminhada pela felicidade é ardua e difícil...mas quem falou que á vitória chega sem batalha?

Você não pode ficar parado idealizando coisas...é necessário sonhar e correr atrás dos seus objetivos. É preciso virar á página, lembrar do que passou como aprendizado e olhar para frente buscando o futuro novo que lhe aguarda.
Ligue o som no volume mais alto, tome um banho bem quente, coloque a roupa mais bonita, passe aquela maquiagem irressistível, coloque o sapato mais alto, ligue para as amigas, marque de sair, vá a luta, se divirta, namore, curta, dance, brinque, ria e não se esqueça....tudo dá certo quando você começa a creditar nisso.....

É o amor que lhe tira o sono? Se acalme....vc precisa estar linda e bem com você mesma, para quando ele chegar você ter certeza de que nada pode lhe empedir de se feliz. Não corra atrás de algo que você tem certeza de que não vai dar em nada...viva cada dia como se fosse o último....cuide bem do jardim do teu coração que as borboletas viram....

É o emprego que você não consegue? Se acalme porque procurar emprego necessita de paciência e para isso é necessário prática. Envie currículo por e-mail, bata nas portas das empresas e se apresente, participe de processos de seleção e não deixe de informa aos amigos que você está livre no mercado, são as indicações que nos dão os melhores empregos.


Lembre se, para alcançar a felicidade é preciso ir em busca dela, isso não significar ficar neurado. É ter alguém ao lado que não lhe cobre nada, e saber que ele está ali porque gosta de você, então não tem o porque "colocar os carros antes dos bois"...É ir em busca de uma oportunidade profissional e saber que se não estiver o tempo todo buscando a oportunidade ela não vem....

Vá a luta sem medo de ser Feliz!!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Diretórios acadêmicos sofrem influência da política



Representação estudantil de Belo Horizonte, como PUC e UNI-BH, encontraram na política um ponto de apoio. Para quem acredita que jovem não envolve com o assunto nos dias de hoje, cenário mostra o contrário.



Nos anos de chumbo (1964-1985), estudantes de diretórios estudantis se mobilizavam contra um inimigo comum: o governo militar. Entretanto, nos dias de hoje, diretórios centrais dos estudantes, conhecidos como DCE’s, se transformaram em uma espécie de estágio para jovens que pretendem seguir uma carreira política. Pelo menos duas grandes instituições de ensino superior da capital mineira, Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH) e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), sofrem, de alguma forma, influências de partidos políticos.

O atual presidente do DCE Renovação do UNI-BH, Fernando Reis, 25 anos, acadêmico do 4º período de Gestão Pública, diz não se interessar por política. “Já recebi convites de vários partidos para me tornar candidato a vereador em 2008, mas por estar decepcionado com a política, recusei o convite”. No entanto, em seu perfil pessoal do Orkut (site de relacionamento), é membro da comunidade JPSDB (juventude do partido político PSDB), o que torna sua opinião um tanto quanto contraditória.
O líder estudantil do UNI-BH diz que “já participei ativamente da JPSDB a convite do professor Aluísio Pimenta (fundador e ex-reitor da UFMG e UEMG e ex-ministro da Cultura). A proposta era formar uma juventude crítica, porém pró-positiva e fazer com que houvesse um engajamento dos jovens nas questões ligadas aos movimentos sociais e estudantis. Infelizmente, não obtivemos êxito. Enfrentamos fortes resistências da direção do partido, na época. Por isso, estou afastado atualmente”.
O DCE Voz dos Estudantes da PUC Minas tem o Adriano Faria, 24 anos, como conselheiro fiscal. O estudante mantém contato direto com a política, sobretudo porque é o atual presidente da Juventude do Partido da social Democracia (PSDB) em Minas Gerais. “Como no DCE a maioria dos membros tinha filiação partidária, senti que era importante escolher um partido. Decidi conhecer o PSDB, motivado principalmente pela figura do governador Aécio Neves, já que estava no terceiro ano do seu primeiro mandato, e fui muito bem recebido”, explica.
Cerca de 7 mil alunos contribuem para o DCE Renovação do UNI-BH. No mês de abril, foram arrecadados R$14 mil. “Estamos questionando esses números. Penso que há um número muito maior de contribuintes, mas, por uma possível falha no Departamento Financeiro ou na arrecadação do UNI-BH, estamos recebendo um repasse referente a esses alunos, dos quais muitos ainda seriam inadimplentes”, reclama. O valor arrecadado é investido em eventos de confraternização dos alunos, como calouradas, campeonatos de futebol e, em parceria com a coordenação de alguns cursos, em palestras. Para ele, “a maior conquista [do seu mandato] foi em relação às contas. Antes de assumir, o DCE devia R$170 mil. Após dois anos de gestão, conseguimos zerar este déficit”.
O estudante do curso de Ciências Sociais da PUC Minas, Leandro Alves, é o atual presidente do DCE Voz dos Estudantes. Ele esclarece que cerca de 16 mil alunos colaboram com a instituição, arrecadando cerca de R$60 mil por mês. Segundo Leandro, o dinheiro arrecadado é importante para manter a representação estudantil e realizar projetos sociais.
Uma das alunas representadas na PUC Minas, a estudante do curso Ciências Econômicas, Gabriela Santos, acredita que o DCE se preocupa com os projetos sociais além do meio em que está inserido. Como no caso do Haiti, “durante a primeira quinzena de Fevereiro, estavam recolhendo alimentos para serem doados as vitimas da tragédia do Haiti”, relata.
O presidente do DCE PUC Minas participa da Juventude do PSDB apesar de não ser filiado. Ele explica que, na gestão de um DCE, é necessário, de alguma forma, o engajamento no meio político para que consiga alcançar objetivos maiores. “As olimpíadas universitárias que fizemos em parceria com o CENUIR que é o Conselho Universitário criado por várias universidades de Belo Horizonte. Todo o orçamento foi arcado pelo Governo do Estado através da Secretária de Esporte. Foi uma articulação política nossa que deu resultado”, cita.

Para a professora de Ciências Políticas do UNI-BH, Odila Valle, não há “mal algum em um aluno que participa de diretórios acadêmicos se filiarem a partidos políticos, desde que essa influência não seja algo que controle uma manifestação de âmbito em geral”.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imagem que fala

Ron Howard mantém o equilíbrio de sempre. Unindo elenco, música e direção, chegando a um belo resultado, visto na tela.




A maior democracia do planeta, na década de 70, passou por uma das grandes crises política de todo mundo. Em 1974, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Richard Nixon, renunciou ao mandato devido às pressões políticas em torno de denúncias de corrupção. Três anos depois, o jornalista e apresentador de programa de variedades de uma TV australiana, David Frost, inicia uma verdadeira batalha de convencimento e de produção para que o ex-presidente fosse foco de uma entrevista. Esse momento da história política dos EUA é retratado com maestria pelo diretor Ron Howard em seu filme “Frost/Nixon” (EUA, 2008).

O grande clássico hollywoodiano sobre comunicação e política é representado brilhantemente por Frank Langella, como Nixon, e Michael Sheen, como Frost. A bela performance dos protagonistas é justificada pela liberdade que o diretor permite aos atores. Além disso, o entrosamento se explica pelo fato dos dois terem atuado, nos respectivos papeis da película, em 2007, na peça do dramaturgo Peter Morgan, que deu origem ao filme.

A obra prende o telespectador através do suspense da música de Zimmer e a direção de Howard. Isso faz com que o filme sobre entrevista se torne em um combate de arena, entre dois homens. E o tema que aparentemente seria sonolento se transforma em um duelo quase que existencial.

Frost vê a grande possibilidade de fazer dinheiro, aumentar sua audiência e visibilidade com a entrevista em terras norte-americanas. Nixon tem o objetivo de converter a opinião pública a seu favor. Com objetivos diferentes, inicia se A “batalha pela conquista de mente e corações”, como diria o editorialista da Folha de São Paulo, Clóvis Rossi. Dividida em quatro fases, Richard sai muito bem nas duas primeiras entrevistas, respondendo tudo de forma psicológica e que não tenha como ser editada posteriormente. Demonstrando a verdadeira essência do jornalista, o apresentador de entretenimento passa a virar noites estudando sobre o caso, e investigando tudo aquilo que poderia ser dito no palco. Nos dois últimos encontros, Frost aparece munido de uma vasta documentação, fruto de apuração intensiva. O resultado foi a atuação magnífica do jornalista, que levou Nixon a assumir uma culpa, até então, inconfessa para o povo americano.

Ron Howard sempre usa de forma equilibrada o close-up. No caso de “Frost/Nixon”, foi algo determinante, já que um semblante imortalizado na tela num momento de derrota pode ser mais eloqüente do que uma declaração de culpa. Essas imagens podem falar mais do que a própria confissão

“Frost/Nixon” sobressai muito por conta do equilíbrio entre elenco, música e direção, que consegue prender o público À tela, através destas imagens que falam.

Resenha sobre filme "Frost/Nixon"(EUA, 2008).

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A fábrica dos sonhos


Universitários associam parque gráfico do jornal Estado de Minas à fantasia de unir elementos para concretizar um produto.

O Parque Gráfico Geraldo Teixeira da Costa, inaugurado há 30 anos, é responsável pela impressão do Jornal Estado de Minas (EM) e outros produtos dos Diários Associados. É lá que texto, foto, gráfico, publicidade, formas e cores se unem. Alunos do curso de jornalismo do UNI-BH foram até a gráfica, no último 3 de maio, acompanhar todo o processo de impressão do jornal.

O aluno do 3º Período de Jornalismo, Matheus Baldi, 19 anos, relata que ao entrar na gráfica lhe deu uma sensação de estar entrando na “Fantástica fábrica de chocolate”, como no filme dirigido por Tim Burton. “Era como se estivesse em algum filme. Todas aquelas folhas ganhando cores e formas, circulando pela máquina e chegando ao final sendo empilhadas. É fascinante” explica. Já seu colega de sala Ângelo Felipe Veloso, 21, fala que o que mais lhe chamou a atenção foram os tubos de tintas que fazem com que o papel ganhe cor.

Durante a visita, os estudantes passaram pela enorme maquina de impressão, que possui 9 metros de altura, o que equivale a um prédio de três andares. Além de imprimir o jornal EM, o parque gráfico também imprime jornais para empresas e órgãos do governo. De acordo com a professora de Planejamento Gráfico do UNI-BH, Lídice Traverso, antes os jornais eram impressos por meio de máquinas de linotipos e hoje, com o desenvolvimento de novas tecnologias, foi possível um aumento na tiragem do jornal e um ganho extraordinário de qualidade.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ética colocada à prova

A busca pelo sucesso sem dar importância à carreira e à sociedade.



A correria em uma redação e a busca pelo furo jornalístico são fatos cotidianos para quem já conhece a rotina de trabalho de um jornalista. Entretanto, Stephen Glass repórter recém contratado pelo jornal The New Republic, e Washington, se perde na busca desenfreada por estabilização em sua profissão. 


Sem medir as conseqüências o rapaz inventa histórias e chega até mesmo a copiar notícias. Dessa forma, ele acaba prejudicando pessoas de seu convívio profissional, que depositaram toda sua confiança no trabalho do mais novo membro da equipe.

A história pode ser considerada familiar para alguns profissionais da área, já que o filme é baseado em fatos reais. O rapaz de origens humilde e muito comunicativo, amigo de todos e fica longe de qualquer suspeita de plagio de notícia. Conseguindo enganar até mesmo seu editor chefe na época Michael Kelly, aquém considerava o garoto como amigo.

Sua capacidade de persuasão fez com que seus colegas de trabalho se pusessem contra o editor substituto Chuck Lane.

Stephen faz uma das suas maiores matérias para o jornal, o titulo era “O paraíso dos rackers”. Entretanto não imaginava que seria desmascarado por Adam Penenberg da revista Forbes Digital. 

Muito menos ele esperava que seu editor chefe Chuck Lane daria razão ao concorrente. O Editor do Jornal The New Republic começa a dar mais importância ao caso. Isso porque as anotações de Glass apreciam confusas e suas fontes nunca apareciam.

Enfim o repórter era desmascarado e demitido. Após longas investigações seus colegas percebem que em 41 reportagens realizadas pelo jovem jornalista mais de 27 matérias eram forjadas. 

Resenha sobre o filme "O preço de uma verdade".

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A Profissão do Sonho

A menina que sonhava em ser membro do quadro de artista do SBT hoje é estudante de jornalismo do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Comunicativa desde menina, Júlia Rates chegou a fazer um teste para integrar o programa infantil "Chiquititas".

A garota de personalidade forte não conseguiu passar no teste, entretanto nunca desistiu de sonhar. Hoje seus sonhos mudaram e seus olhos seguem a direção do Jornal Nacional, que é transmitido pela Rede Globo de Televisão.

Júlia nasceu em Belo Horizonte e cresceu em Contagem. Como uma boa mineira, ela não despensa uma boa prosa. As conversas na praça da cidade, na rua de casa e no convívio da escola fizeram com que ela escolhesse o jornalismo como profissão. A essência de procurar informação, correr atrás da noticia e forma opinião a fascina.


Os pais dela não aceitavam a profissão, com o argumento de que o mercado está saturado. A dispensa do diploma também agravou a aceitação dos familiares e dos amigos. Mas a menina com garra de mulher não deixou se abater.

Ela foi em busca de uma universidade, passou no vestibular e está no terceiro período do curso. Como diz a musica de Raul Seixas, ela é uma “metamorfose ambulante”, que vai se modificando e aperfeiçoando com o tempo. A amiga Taíza conta que Júlia é muito persistente e não mede esforços para conseguir aquilo que quer.

Felipe Botrel, seu colega de sala, diz que Júlia é muito estressada. Mas lembra que essa característica pode ser pensada de uma forma positiva, uma vez que faz com que a futura jornalista busque seus objetivo. Hoje ela é um exemplo de dedicação e força de vontade a todos de seu convívio.

Júlia Rates Costa é a garota de 19 anos, que anda pelos corredores da faculdade com o brilho no olhar e sonhando com um futuro não tão distante, onde vai estar formando opinião no jornal.

Atualizada no dia 5 de abril de 2018.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Com a mochila nas costas e correndo atrás dos sonhos

Pitangui fica no sopé da Serra da Cruz do Monte, um dos pontos mais altos de Minas Gerais. Cidade marcada por grandes histórias do ciclo do ouro, que brilha até hoje na história do estado, é um lugar encantador, de pessoas acolhedoras de onde vem Rayssa Lobato.

Com o ar de menina do interior, desde pequena já buscava sua independência. Quando criança, ela pegou sua bicicleta escondido e saiu pelas ruas da cidadezinha em que morava; acabou caindo pelo caminho. Mas nunca se abateu pelas quedas, a procura dá tão sonhada liberdade, colocou a mochila nas costas com destino a capital mineira.


Rayssa escolheu o Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH) por sua tradição no cenário acadêmico. A universidade que já teve como estudantes grandes profissionais da área, como a jornalista Gislaine Ferreira do Bom Dia Minas da rede Globo, hoje cultiva o sonho da menina do interior.

Morando com amigas e fascinada pelo agito da cidade grande, ela aproveita o tempo que tem para ir ao cinema, teatro, ler um bom livro na praça. 

Dividida entre a estudante responsável e a adolescente impulsiva, ela se permite ir a micaretas, shows e, como todo universitário não poderia deixar de faze, encontrar os amigos no bar, aonde tudo começa e tudo termia.

Atualizada em 29 de agosto de 2017. 

domingo, 17 de janeiro de 2010

"Trem Das 17:30"

Em noite de lua cheia, eu me encontro no canto do quarto escuro. De olhos fechados não parava de pensar naquele belo rapaz, que deixei sozinho na escadaria do metrô. Lembro-me de cada detalhe daquele dia. 

Sai do meu trabalho quando me deparei com ele a minha espera. Um rapaz claro de um metro e sessenta e cinco de altura, olhos claros e mochila nas costas. Meu coração disparava não tinha como explicar. Nosso encontro foi um misto de emoções, aonde quem falavam eram os olhos cheios de carinho e sinceridade. 

Nossa caminhada até o metrô foi hilária, era como se fossemos duas crianças novamente. E por alguns instantes as crianças tomaram o lugar do radiologista e da jornalista. As brincadeiras eram inevitáveis, os olhares incontroláveis e a vontade de ficar juntos só aumentava.

Pronto! Chegamos ao metrô! E na quela longa escadaria nos sentamos. Me impressionava a firmeza com que ele falava, olhando sempre nos meus olhos, queria de qualquer forma passar veracidade nas suas palavras.

E eu pensava: "Meu Deus, como pode alguém com apenas 21 anos ser tão decidido?". Sua força de vontade me impressionava e me fascinava. Não sabia direito qual sentimento eu mantinha dentro de mim, mas sabia do quanto me instigava aquele rapaz. 

Ele me falou da sua história, do seu passado, da sua família e até mesmo das suas metas de vida. Não sabia como agir e nem como pensar. Em cada momento que ele se aproximava meu coração disparava, como uma bomba que não se sabe quando vai explodir.

Ao tocar minha mão já me imaginava ao lado daquele rapaz depois de alguns anos. Comecei a imaginar a vida ao seu lado dali para a frente. Me perguntava a todo instante se tudo aquilo era real. 

Sentada na escada e encostada no corrimão fiquei pensando: "Temos tanto em comum e ao mesmo tempo não temos nada em comum. Eu gosto de Rock e ele de musica chinesa". Ria sozinha e por dentro, porque sabia que aquelas diferenças eram tão pequenas, que chegavam a ser insignificantes.

Ao me abraçar meu corpo todo tremeu não sabia o que fazer. Embora sentisse uma vontade enorme de beija-lo, eu sabia que não deveria. Não poderia agir mais uma vez sem ter certeza daquilo que eu queria. 

Aqueles degraus da escadaria do metrô da Lagoinha, na região Noroeste de Belo Horizonte, me levavam de volta aos séculos passados, onde as garotinhas morriam de vontade de fazer algo e não faziam, quem sabe a voz da "tal consciência" as impediam. 

Era 17h30, quando o metrô com destino a estação Vilarinho, no lado Norte da capital mineira, parou e eu tive que partir. Fui embora e o deixei ali, na quela longa escadaria. 

As portas do metrô se fecharam e foi quando me toquei o quanto queria ter perdido o "trem das 17h30". Assim que fecharam se as portas do metrô eu acordei em meu quarto sem saber se teria sonhado ou se tudo aquilo teria sido real.

Atualizada em 29 de agosto de 2017. 

A ESCOLHA DE MINAS?

Ao recolher histórias, “causos” e informações sobre o "Grande Jornal dos Mineiros", buscamos compreender quem é, e o que consome, o leitor do Estado


Um rapaz forte, de, no máximo, 20 anos, sentado no ônibus ao meu lado, lê o jornal Estado de Minas. Ao vê-lo, me vem à cabeça uma pergunta inesperada: por que ler a publicação mais tradicional de Minas Gerais? 


A partir daquele instante, parei para pensar. Em seguida, comecei a pesquisar e a fazer entrevistas na rua, à procura de pessoas que me descem respostas. Sem ao menos saber quem eram tais pessoas, ia contra o tempo. 

E a procura me instigava. Conversei com profissionais de grande formação acadêmica, entre jornalistas e leitores de jornais, jovens e idosos. Foi aí que decidi olhar o assunto de outro ponto de vista e saber o que pensam aqueles que trabalham no dia a dia da redação.

Também queria saber o que pensavam outros profissionais da empresa jornalística. Será que as pessoas na rua leem jornal? Quantas histórias, momentos e acontecimentos ficam na memória da população? Nesta reportagem, desejamos revelar e contar um pouco destes “causos”.

A caminhada em busca de respostas começa na Praça Sete. Andando, encontro um senhor, pipoqueiro, que se define como vendedor ambulante. Diante de sua expressão sofrida, pergunto se pode falar um pouco sobre o jornal, ele afirma que sim desde que seja rápido. 


Ao perceber sua impaciência questiono se é leitor do Estado de Minas, o vendedor quase ignorando, diz que lê o jornal às vezes e, que, diariamente, "passa o olho" pelo “Jornal AQUI”, um tabloide do mesmo grupo.

Naquele momento me instigo a perguntá-lo qual é a sua percepção diante dos dois impressos. Ele responde que o "Jornal AQUI", é 'descomplicado", simples e direto.

Continuo a minha pesquisa de opinião, sobre o que se denomina o grande jornal dos mineiros. Percebo que escolhi o lugar certo para saber a opinião dos leitores. 


De longe, observo um jovem moreno, distraído, lendo o jornal Super Notícia, sentado entre várias outras pessoas. Ao me aproximar pergunto-o o que ele pensa sobre o impresso mais tradicional de Minas Gerias. A resposta vem sincera e curta, o primeiro é um jornal para a classe média, já o segundo é voltado para a “classe inferior”, que tem mais notícias voltadas para a comunidade.

Lá mesmo, na praça, encontro com o prefeito de Abaeté, uma cidadezinha localizada na região central de Minas. 


Com pouco mais de 22.000 habitantes o lugar é conhecido por receber muito bem os visitantes no carnaval. E foi com toda essa simpatia que o prefeito Cláudio de Sousa Valadares, respondeu as minhas perguntas. 

Um homem simples e muito comunicativo relata que é leitor do jornal há vinte anos. Disse que o Estado de Minas aprofunda mais nas matérias. 

"As reportagens do EM sempre tem um acompanhamento. A notícia dada no impresso vem desde a repercussão até seu desfecho", comentou.

Conversei com muitas outras pessoas, sobre minha pesquisa. Encontrei algumas respostas para minhas perguntas, mas queria mudar um pouco. 


Então decidi ir até a sede do tradicional Jornal Estado de Minas, localizada na Avenida Getúlio Vargas, 291, uma das avenidas mais movimentadas da capital Mineira. Com o objetivo de conhecer algumas histórias existentes por traz daquele impresso.

Na visão do experiente jornalista e editor de imagem, Álvaro Duarte, o caderno do EM mais lido é o de cultura, em seguida o caderno Gerais, Esportes e “Pensar”.


Cuidando de toda a área visual do jornal e trabalhando há 19 anos na empresa, Álvaro, entende que a linguagem visual é muito importante na formação critica do leitor. 

E em nossa conversa ele deixa claro que o jornal se mantém até os dias de hoje pelo fato de conservar os mesmos objetivos de quando foi fundado. Em sua visão o EM continua fiscalizando e cobrando os políticos e mostrando à sociedade dos problemas enfrentados na saúde, educação e segurança.

Lá mesmo encontrei com a jornalista Alessandra Mello repórter da área de política investigativo, sua especialidade. Há sete anos trabalhando no Estado de Minas, ela confessa que às vezes fica desanimada quando tenta publicar uma matéria e não consegue. 


Contudo ela fica satisfeita ao ver que uma reportagem importante para a população foi veiculada. “Escrevemos para os leitores formadores de opinião, pois nem todos interessam pela política. Podemos considerar que o Estado de Minas possui uma das melhores equipes de jornalismo do Estado, mas há muita cobrança por parte dos editores, que querem sempre uma reportagem exclusiva de qualidade e bem escrita”, conclui a repórter.

O jornal tem que ser mais independente ressalta. “Pois nosso diferencial é a tradição”, lembra a jornalista.

Após á entrevista com Alessandra Melo, eu interrompo um pouco com minha pesquisa e coloco-me a pensar nas últimas palavras da jornalista “nosso diferencial é a tradição”. 


Procuro aplicar o conceito de tradição ao jornal e questiono: será que o EM ainda é capaz de carregar esse título de ser tradicional depois de tantos anos de publicação? Será que o leitor concorda com esse título? E por último, será que só por ter tradição é sinônimo que o mesmo tenha credibilidade diante da população?

Com essas dúvidas, me disponho aprofundar cada vez mais no mundo desse jornal impresso. Resolvo voltar para minhas entrevistas com os leitores e sigo novamente para Praça Sete, no centro da capital. 


Entretanto antes de chegar ao destino escolhido me deparo com uma vendedora do jornal, que estava sentada no banco do ponto de ônibus. Patrícia, que aparentava ter 35 anos, não estava sozinha. Ela conversava animadamente com uma amiga. 

Cheguei e me apresentei e logo vi a feição daquela mulher se mudar. Expliquei o motivo da minha aproximação, querendo apenas alguns minutos da sua atenção para falar sobre como era o seu trabalho para o jornal.

Patrícia logo se esquivou alegando que não se interessava por leitura e prosseguiu no papo com a amiga que ainda tentou me ajudar, porém sem sucesso, ela estava irredutível.

Diante disso tomei o ônibus e voltei á praça do povo, no centro de Belo Horizonte. Pronto, ali eu continuava com o desejo de obter ainda mais informações.

Andando pela praça, me deparo com uma mulher parada em frente a uma banca de jornal. Cheia de livros nas mãos e com o olhar fixado em uma matéria do jornal, parei ao seu lado e puxei conversa sobre a matéria que ela estava lendo. 


Carolina Silva, de 29 anos, possui uma expressão serena e voz firme. Ela contou que é professora de Geografia e lê o jornal todos os dias para se manter informada. 

Percebo que ela é uma pessoa muito bem instruída e atualizada. Eu pergunto porque ela escolheu o jornal Estado de Minas e, por sua vez, ela me responde que a fidelidade e precisão dos fatos, buscando sempre o melhor em qualidade e tecnologia, são alguns dos pontos que a fazem ler o jornal diariamente. 

Por fim, ela termina dizendo que o que diferencial desse folhetim para os outros é a qualidade e diversidade de suas informações.

Com o passar dos dias, vou refletindo sobre tudo que ouvi, vi e li até aqui. Assim descido conversar novamente com alguém de dentro do jornal. Mas desta vez quero uma visão diferente e inesperada. 


Retorno à sede do jornal. E encontro com Eber Lopes Mendes, que trabalha há oito anos no local como analista de negócios para internet. Indagado sobre o ponto forte do impresso no Estado, destaca os assuntos relacionados ao governo. 

Continuando a conversa, Mendes afirma que as ações solidárias proporcionadas pela empresa possuem um papel importante na sociedade. E lembra também de um fato curioso, “a morte de Ulisses Guimarães em 1992". 

Nos dias seguintes ao acontecimento, no auge da notícia, o jornalista do Estado de Minas escreveu uma matéria, que foi publicada na primeira página do Jornal: "ACHADO O CORPO DE ULISSES GUIMARÃES. (Nunca, ninguém achou o corpo do coitado)”.

Ao deixar o prédio, vejo vindo em direção à entrada uma funcionária de mais idade. Pelo uniforme da senhora, percebo que ela trabalha na limpeza do jornal. Abordo a profissional, explico sobre minha pesquisa e pergunto se ela teria alguns minutos para falar comigo. Ela me fala que está em serviço, mas que se eu quisesse, ela falaria comigo em seu horário de almoço. 


Bem, do lado de fora do jornal, esperei a manhã toda. As 11h daquele dia a senhora deixa o prédio e vem em minha direção. Em um banco de uma praça próxima ao jornal, nós nos sentamos. 

Dona Maria Auxiliadora, de 51 anos, meio apreensiva sem saber o que falar, relata que trabalha na limpeza do prédio há 20 anos. Ao perguntá-la se ela lê o jornal. Percebo certa vergonha em sua fala. 

“Tenho pouco estudo, filha. Mas sempre que posso "passo o olho" no jornal”, explica. Vendo que certamente ela não lia o jornal, pergunto se ela já passou por algum momento inesperado trabalhando lá. A funcionária de um fato que marcou o mundo todo em 2001 : “No dia em que caíram aquelas duas torres nos Estados Unidos, foi uma correria tão grande. Os telefones tocavam toda hora. Eu não sabia direito o que estava acontecendo. Só via pessoas correndo pra lá e pra cá. Dizendo que tinha caído um avião em dois prédios, mas não falavam aonde”, lembra.

“O 11 de setembro como todo mundo conhece foi o dia que mais me marcou trabalhando aqui”, conclui.

Chego à reta final da minha pesquisa, fazendo uma retrospectiva de tudo que vi neste tempo que me dediquei. Relembro da impaciência do pipoqueiro, da distração do jovem na praça lendo o jornal Super Notícia, a simpatia do prefeito em responder minhas perguntas, os apressados jornalistas na redação, da vendedora do jornal no ponto de ônibus, a atenciosa professora na banca de revista, do analista objetivo em suas respostas e finalmente a tímida e humilde auxiliar de serviços gerais.

Constato que o jornal é realmente conhecido pela sua tradição, por está no mercado desde a década de 20. Analisando todo o estudo desenvolvido afirmo que o mito do jornal ser lido em sua grande maioria por uma parcela da população formadora de opinião é verdadeiro. 

O que ficou ainda mais claro é que no geral as pessoas entrevistadas não leem o jornal, algumas devido o valor, outras pelo fato de as notícias serem mais aprofundadas e com uma linguagem mais formal, o que dificulta o entendimento. 

Atualizada em 29 de agosto de 2017.