quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Chuva que lava a alma

Lá fora a chuva cai sem parar. Aqui dentro estou eu, sem saber o que fazer. O dia todo enfurnada no quarto fechado, com o computador ligado como de costume. Vejo filme no computador. Durmo durante duas horas. Acordo. Volto para frente da tela, e passo o resto da tarde em frente este que se tornou meu companheiro diário. A chuva fica ainda mais forte. Galhos de árvores batem na janela de vidro. Sinto-me sozinha, entediada, angustiada sem saber o porquê.


No meu quarto de frente para o PC entro em um BLOG não conhecido. Já ia fechando a tela quando resolvi ler o perfil. Era de uma mãe que tinha perdido o esposo alguns meses antes do filho nascer. O motivo de ter criado o perfil era mostrar para a criança quem foi o seu pai e ainda falar sobre quem era ela. Descrever o caminho que ela percorreu até tê-lo. E o que ela fez quando soube que estava sozinha para criar seu garotinho.

Aquele site era a forma que a mulher encontrou para gravar a sua história, o mais rápido segundo ela. De acordo com suas palavras tal rapidez seria apenas garantia.

Naquele instante tudo parou. Resolvi que era hora de aproveitar mais cada momento. Sem me importar com o tempo, com as pessoas, com as críticas. Viveria intensamente, faria tudo como se fosse o último dia de minha vida. Amaria sem temer o amanhã. Dançaria até o que o sol apareça. Viajaria e conheceria pessoas e lugares imperdíveis. Mudaria o estilo, usaria mais maquiagem, abusaria do penteado do cabelo.

Essa mudança veio depois de muito tempo perdido. Entretanto ela veio. Mas você não precisa esperar um fato marcante acontecer para reacender a chama da vida. Vá a luta! Corra atrás da felicidade! E não desista nunca!

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