quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Diário de Bordo - Notas que fazem a diferença - Foz do Iguaçu

Quando eu viajo para algum lugar, busco saber como as pessoas vivem. Sempre damos uma passada pela área residencial e conversamos com as pessoas que encontramos nos comércios. 

Nessa viagem, não fizemos isso por um motivo simples: Foz do Iguaçu é uma cidade relativamente pequena. Hospedados no centro, conhecemos muita gente daqui. Mas também conhecemos pessoas de outros Estados. 

Entre elas está o casal de gaúchos, Marlise e Claudinei, que foram nossos companheiros em um dos passeios de Itaipu. Iniciamos uma conversa e já saiu papo pra vida toda. 

Marcamos de irmos juntos às Cataratas. Além disso, eu e o príncipe combinamos de voltar ao Paraguai para levá-los. (Fiquei me achando super local, ajudando os coleguinhas a pegar um ônibus público, pagar menos e atravessar a fronteira normalmente. Kkkk. Brincadeiras à parte, indo de ônibus você paga R$10,50 ida e volta. Se optar pelo táxi, você terá que desembolsar R$120, um aumento de quase R$110.) 

Acabou que nos desencontramos e não conseguimos acertar os pontos de encontro. Já tinha pensado que não nos veríamos mais. Mas, ao chegar às Cataratas, nos encontramos despretensiosamente. Fizemos a trilha juntos e compartilhamos esse momento incrível! Ainda mantemos contato até os dias de hoje. 

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Diário de Bordo - 4º Dia em Foz do Iguaçu - 2ª Parte

Se há algo mais bonito no mundo, ainda não vimos. Chegamos às Cataratas no início da tarde. A chuva fina aumentava a correnteza no rio Iguaçu. 

Ao nos aproximarmos das quedas, ficamos impressionados. A água caia bruscamente e se rompia no impacto com as pedras. Desse encontro, subia uma espécie de nuvem de água. 

Os movimentos das 275 quedas concentradas ali tão afinados quantos os da orquestra filarmônica de Minas Gerais. Um trem lindo, como falamos na terrinha. 

Por um bom tempo fiquei ali observando, maravilhada, aquela cena. Depois, segui a trilha pelas margens da montanha. 

Durante o caminho o guarda corpo e a sinalização mantinham todos seguros, já que qualquer passo em falso poderia causar uma queda. Também foram feitos pontos para que o visitante conseguissem se aproximar da água. Impressionante.

A cada parada vários turistas disputavam um lugar no parapeito desses guarda-corpos. Além de brigar pela melhor fotografia. Todos queriam registrar esse momento. 

Já no fim do passeio, foi possível ficar bem perto das quedas. Muitos dos visitantes portavam capa de chuva. Nós, no entanto, preferimos seguir sem nada. Tomamos um banho. 

Ao nos aproximar, fomos atingidos pelos respingos das Cataratas. Lavamos a alma. Foi lindo. Foi aventureiro e indescritível! Fomos embora com a vontade de ficar ali para o resto da vida, só observando o correr da água.



Diário de Bordo - 4º Dia em Foz do Iguaçu - 1ª Parte

O sol insuportável que tomava conta do céu de Foz do Iguaçu, no Paraná, foi encoberto por nuvens nesta quinta-feira. A chuva também resolveu dar o ar da graça. 

Em nossos rostos, inicialmente cheios de expectativas, a expressão de desânimo tomou conta. Para nos animar, o motorista da agência de viagem responsável por nosso transporte ao Parque das Aves e às Cataratas disse que o tempo frescos era melhor pra realizar a visita do que o intenso calor. Mas não importava. 

Queríamos mesmo era ver tudo embaixo de um sol escaldante. Porém a frase dele deu uma força.  A primeira parada foi no Parque das Aves. Mesmo com o chuvisco, elas estavam esbanjando beleza e simpatia. 

Observamos cada movimento, fotografamos os seus passos e até seguramos algumas delas. O passeio é incrível. 

Entramos dentro dos viveiros e ainda conversamos com os tratadores. Muitos demonstraram um carinho incomparável com esses animais, como o caso de um aposentado que há seis anos atua no parque. É apaixonante ver que ainda há pessoas que trabalham por amor.















segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Diário de Bordo - 3º Dia em Foz do Iguaçu

Esse foi o dia mais agitado desde que chegamos a Foz do Iguaçu, no Paraná. Saímos do hotel às 8h30 e pegamos um ônibus municipal em direção a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Já na chegada, a estrutura, que foi iniciada há mais de 40 anos, assusta pela sua grandiosidade. 

Da recepção até a barragem, andamos quase 20 minutos no ônibus da própria Usina. Com a aproximação da barragem de 196 metros de altura, ficamos impressionados. São mais de 60 mil metros cúbicos de água que dão vazão - quase 40 vezes a mais que as Cataratas. 

Para mantê-la em pleno funcionamento, são necessários mais de 8 mil trabalhadores, atuando diariamente. Dos 14 mil megawatts produzidos na Usina, 80% são consumidos por paraguaios e 15% por Estados brasileiros - Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiros, Espírito Santos e Brasília. Esses e outros dados foram nos passados durante a visita técnica realizada na Usina. 

Optamos por um passeio que dá a possibilidade do visitante pegar um ônibus e passar por uma estrada que fica no interior da empresa, sendo possível conhecer de perto a estrutura dos captadores de água, os geradores e o controle. Todo o trajeto é feito por um ônibus da própria Itaipu. 







Ao fim desse passeio, conhecemos o Ecomuseu, que abriga a história do local desde antes da construção da empresa binacional de propriedade dos governos brasileiro e paraguaio. No início dos anos 1960, quando a obra foi idealizada, a cidade contava com 30 mil habitantes. Mesmo que todos os moradores do município estivessem aptos para o trabalho, não seriam suficiente para a construção.

Dessa forma, foi necessário contratar trabalhadores de todos os Estados do país. Com o aumento no número de habitantes, foi preciso também realizar a criação de três novos bairro. Passados todos este anos, mesmo com a conclusão do projeto em 2007, o município ainda liga sua vida econômica a Usina. 

Além de ser uma geradora de trabalho, a empresa bionacional está ligada à projetos sociais que auxiliam os moradores da região, nada mais justo, uma vez que utiliza de nossas riquezas naturais. 

Após conhecer parte da história desse município encantador, no fim do dia, ainda encontramos um tempinho para visitar o refúgio ecológico de Itaipu. Ansiosa pelo dia de amanhã.

domingo, 27 de agosto de 2017

Diário de Bordo - Continuação do 2º Dia em Foz do Iguaçu

A noite chegou e resolvemos sair. A vida noturna de Foz do Iguaçu, no Paraná, é muito agitada, com bares, restaurantes e casas de shows para cada gosto. 

Como no primeiro dia conhecemos o barzinho City Bier - que é muito bom por sinal-, neste segundo nós fomos no bistrô Empório com Arte. Para quem gosta de boa música e calmaria, este é o lugar certo. 

O espaço também é perfeito para curtir uma noite romântica e agradável. Além disso, a comida é uma delícia! 

Só aqui encontramos pão de queijo (mineiro sai do Estado, mas continua procurando pelos quitutes da terrinha). Ficamos por lá quase duas horas e retornamos para o hotel. Amanhã é dia de visita em Itaipu. Depois conto como foi!







Diário de Bordo - 2º Dia em Foz do Iguaçu

Enquanto não chega o dia de conhecer as Cataratas do Iguaçu e a Usina de Itaipu, no Paraná, pagamos R$5,25, cada, e embarcamos em um ônibus internacional com destino ao Paraguai. 
Em pouco menos de 20 minutos, depois de ficarmos parados por um tempinho na ponte da amizade, cruzamos a fronteira e desembarcamos no país vizinho. 
Vestida com minha camisa do Atlético Mineiro, clube do coração, ouvi pessoas gritando: "Galo". Um paraguaio chegou a dizer, em tom de brincadeira ao príncipe, para que não me deixasse usar aquela blusa no país deles. O comentário é uma gozação entre torcedores, já que o time mineiro venceu nos pênaltis o Olímpia do Paraguai e conquistou a Libertadores de 2013 dentro do Mineirão, em Belo Horizonte. 
Quase não percebi as brincadeira porque estava impressionada com a bagunça daquele trânsito. Pessoas, animais, ônibus, motos e carros disputam espaço nas ruas. Além da confusão no tráfego, há muitas barracas de ambulantes nos passeios e pessoas anunciando seus produtos. Uma bagunça que chega a ser engraçada. 
Tem muita coisa com o preço bom. Lá é possível comprar em real, peso e em dólar, mas é preciso estar com o dinheiro em mãos porque ao pagar no débito há um acréscimo de 5% em todas as lojas. 
Não compramos nada demais. Fomos mesmo pra conhecer e, depois de rodar bem, voltamos. Dessa vez, fizemos a passagem a pé.
Já do lado brasileiro, almoçamos em um restaurante pequeno. Pegamos o prato feito. Tudo muito gostoso e barato. Arroz, feijão, macarrão, salada, mandioca e dois pedaços de frango saiu por uma bagatela de R$10. Isso mesmo. Comemos super bem por um preço impressionante. Na volta, pegamos um ônibus local e pagamos R$ 3,85 cada. Cheguei no hotel ansiosa para conhecer os outros pontos turísticos dessa região.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Diário de Bordo - 1º Dia em Foz do Iguaçu


Chegamos a Foz do Iguaçu, no Paraná. Devido a conexão aérea, foram três horas de viagem de Belo Horizonte até aqui. A cidade é linda, aconchegante, calma e limpa. 

Os moradores são muito educados, mas receosos. Faladeira que sou, cheguei logo puxando papo com o taxista e querendo saber como é a vida por aqui. "Boa", limitou o senhor de meia idade. Porém, ao saber que somos da capital mineira ele soltou: "Mineirinhos Uai".

E foi assim que em 15 minutos descobrimos que as #CataratasDoIguaçu do lado brasileiro são mais bonitas que do território argentino (risos) e que para construir a Usina de Itaipu foram necessários 40 mil trabalhadores. 

Depois de deixar o táxi, foi a vez de me surpreender no hotel. Aqui todos têm os traços indígenas, e falam diversas línguas. Nos acomodamos e fomos conhecer a cidade. 

Em um passeio rápido, durante a noite, vimos que a vida noturna da galera daqui é bem agitada, com bares temáticos, churrascaria, e casa de show. Nesse primeiro dia, procuramos na internet um barzinho legal para conhecermos na cidade, onde pudéssemos descansar da viagem e encontramos um chamado City Bier.

Como o nosso propósito desde o início era economizar dinheiro para os passeio da região e curtir a cidade, decidimos deixar o hotel e ir a pé até o barzinho, que fica no centro da cidade também. 

Em 15 minutos de caminhada, chegamos no local indicado pelos internautas. De cara, já gostamos do atendimento, o espaço era realmente agradável, o preço da comida muito atrativo e o prato era muito gostoso. O dia chegou ao fim e retornamos a pé para o hotel. Adoramos a noite e já ficamos ansioso para o próximo dia. 


Eu voltei

Depois de quatro anos distante do blog, decidi voltar a escrever aqui sobre as minhas lembranças.
Passei por tantas mudanças, realizei sonhos pessoais, conquistei um espaço profissional e senti falta de relatar tudo nessa plataforma, que se tornou mais um amigo. Para começar, vou postar um relato de uma das viagens mais legais que já fiz na vida.

Você conhece Foz do Iguaçu, no Paraná, lá no Sul do país? Eu só havia ouvido falar sobre as famosas Cataratas. Isso porque há muitos anos vi imagens na televisão dessa beleza natural.

Nas minhas férias deste ano, durante o passeio pelo Estado brasileiro que faz divisa com o Paraguai e com a Argentina, eu vi que a região guarda mais do que aparenta na telinha.

A minha viagem teve duração de seis dias e eu dividi essa história em textos. Embarque nos meus contos e confira algumas dicas sobre esse lugar encantador!